04 de Setembro de 2013 - 14:42
Esquema funcionava em uma sala na Avenida Brasil. Apostas e resultados eram anotados e repassados pelo telefone
Por Tribuna
Mais uma central de jogos de azar foi estourada pela Polícia Civil no Centro no início da tarde desta quarta-feira (4). Desta vez, a equipe da Delegacia Especializada de Homicídios precisou arrombar a porta de uma sala no terceiro andar de um prédio na Avenida Brasil, na altura da ponte da Rua Halfeld. No interior do cômodo, seis mulheres e um homem foram flagrados trabalhando em uma espécie de "call center" do jogo do bicho. Segundo os policiais da equipe, chamou a atenção a quantidade de telefonemas recebidos em um curto período, no momento da abordagem. Do outro lado da linha, apostadores dariam seus lances por telefone e buscariam resultados. No local também funcionava o chamado "reclama", quando um responsável por uma banca recebe um bilhete premiado e repassa a situação à central, que contabiliza o valor a ser pago e confere a aposta.
De acordo com o investigador Leonardo Garcia, o "call center" faz parte do mesmo esquema milionário de contravenção desmantelado pela equipe no dia 28 de agosto em uma loja perto do cruzamento das avenidas Rio Branco e Itamar Franco, no Centro. Só nas regiões do Centro, Zona Sul e parte da Leste, 330 bancas estariam ligadas às duas centrais desmontadas até o momento, segundo o policial.
Apesar de recolherem vasto material relacionado ao jogo de bicho, incluindo aparelhos telefônicos e de fax, os policiais não encontraram dinheiro no local. "Nesta central, eles controlavam o movimento para saber quem estava ganhando e quanto de dinheiro deviam pagar. Agora estamos indo atrás da parte financeira, do escritório que faz a arrecadação do dinheiro", explicou o o delegado responsável pela operação, Rogério Woyame. Segundo ele, os funcionários flagrados no local vão responder no Juizado Especial Criminal pela contravenção penal.
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