Clube fecha contrato com consórcio para mandar seus jogos no estádio
A diretoria do Botafogo oficializou nesta terça-feira um acordo para mandar seus jogos no Maracanã. O anúncio foi feito em entrevista coletiva, realizada no Engenhão. O vínculo será de 35 anos, mas há um contrato inicial de dois anos, tempo que o estádio João Havelange pode ficar fechado. Neste primeiro ano, o clube terá que jogar ao menos dez partidas no Maracanã, e, no segundo, 15. Nas temporadas seguintes, não há cota fixada. Não há multa rescisória para qualquer das duas partes.
A parceria foi feita em um modelo semelhante ao do Fluminense. O Bota fica com a receita obtida na venda de 43 mil ingressos (os mais baratos, localizados atrás dos gols). Assim como Flamengo e Flu, o Alvinegro terá um vestiário customizado e direito a uma loja móvel.
- Ganhamos financeira e tecnicamente. Nossa casa agora se chama Maracanã. O contrato foi decidido de forma comercial, é um contrato vantajoso para ambas as partes. Mas temos cláusulas de confidencialidade - declarou o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção.
No único jogo que mandou no estádio até o momento, contra o Vitória, o Botafogo havia feito a partilha total de todos os setores, nos mesmos moldes previstos no contrato entre o Consórcio Maracanã e o Flamengo. Dessa forma, porém, é preciso pagar custos operacionais do estádio. Segundo Sérgio Landau, diretor executivo alvinegro, o modelo tricolor mostrou-se mais vantajoso.
- Financeiramente, se a partida contra o Vitória fosse já com o acordo, teríamos 120% a mais de arrecadação - explicou Landau.
O primeiro jogo do Botafogo no Maracanã após a celebração do acordo será contra o Internacional, em 15 de agosto.
Sócio-torcedor
O presidente Assumpção comentou ainda sobre a situação dos sócio-torcedores do Botafogo. Segundo ele, o programa será mantido, mas poderá passar por adaptações.
- A questão do sócio-torcedor é delicada. O Botafogo está fazendo o seu dever de casa, mudando a plataforma, com uma reestruturação tecnológica. Algumas falhas não podem acontecer. Queremos chegar a 20 mil, hoje temos 9 mil. Ainda estamos vendo com o consórcio como será com o nosso sócio-torcedor. Precisamos casar com a acessibilidade do Maracanã. Queremos dar o mesmo conforto que dávamos no Engenhão. Os planos de sócio-torcedor serão mantidos.
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