Teve início nesta segunda-feira (10) a greve dos servidores da Polícia Civil por tempo indeterminado. Na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, em Santa Terezinha, o atendimento ao público foi realizado apenas no período da manhã. Durante o expediente da tarde, conforme a assessoria de comunicação da instituição, as unidades distritais funcionaram apenas para dar vazão aos serviços cartorários, como as oitivas que já estavam agendadas. Já na 1ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran-Juiz de Fora), sediada também em Santa Terezinha, o atendimento foi normal. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), 150 policiais de toda a Zona Mata, sendo 35 lotados em Juiz de Fora, participaram de uma manifestação na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, que reuniu cerca de mil servidores, segundo o sindicato. Dois caixões foram queimados durante o protesto, como forma de marcar a insatisfação da categoria com as atuais condições de trabalho.
Como apontou o gerente do Sindpol, Marcelo Armstrong, 30% do efetivo das delegacias vão permanecer trabalhando como forma de garantir o atendimento essencial à população, priorizando flagrantes e ocorrências relacionadas a adolescentes e à Lei Maria da Penha. "A tendência é que o movimento se fortaleça. Continuaremos mobilizados até que o Governo encaminhe e aprove o substitutivo à proposta de lei complementar (PLC) 23/2012, quando então convocaremos uma nova assembleia", afirmou Armstrong. Os policiais mineiros lutam por mudanças no substitutivo à (PLC) 23/2012, que revê a lei orgânica que rege a corporação. A categoria almeja a eliminação do inciso que considera transgressão a divulgação à imprensa de informações ou documentos oficiais sem a devida autorização de autoridade competente e reivindica equiparação do salário da base a um terço do salário de delegado geral grau B; a reestruturação das carreiras administrativas; o aumento do número de servidores, além de melhores condições de trabalho.
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