terça-feira, 9 de abril de 2013

Consu vota por adesão de hospital à Ebserh


09 de Abril de 2013 - 21:46


Expectativa é que, com definição, repasse de recursos seja retomada, normalizando atendimento pelos residentes

Por Tribuna

O Hospital Universitário (HU) da UFJF vai aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A decisão foi tomada após reunião do Conselho Superior (Consu) realizada nesta terça-feira (09) no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm). Vinte e nove conselheiros votaram pela adesão, 22 foram contrários e um se absteve. Agora, o reitor Henrique Duque irá comunicar a decisão da pré-adesão à Ebserh. "Eles irão trazer uma minuta de contrato, e nós iremos analisar. Alguns pontos são fundamentais para nós, como o respeito ao patrimônio da universidade", afirmou Duque, que ainda defendeu a manutenção da forma de trabalho dos servidores.
De acordo com o diretor geral do hospital, Dimas Augusto Tavares de Araújo, após a assinatura do termo de pré-adesão, representantes da Ebserh e da UFJF irão fazer um diagnóstico do hospital, analisando infra-estrutura, custos de manutenção e quadro de pessoal. O contrato será definido a partir deste levantamento. "Cabe à comunidade do hospital e à UFJF acompanhar a elaboração (do contrato), para que os nossos anseios sejam respeitados', ressaltou o diretor. O diretor da Faculdade de Medicina, Júlio Cheli, acredita que a situação da faculdade, no que se refere à inserção dos alunos no hospital, será normalizada."Tiramos as nuvens negras sobre a ameaça do curso de medicina."
A maior expectativa é com relação à normalização dos serviços prestados à comunidade. Desde o início do mês passado, o Governo federal cortou mais da metade do repasse das verbas de custeio do HU. O corte resultou na demissão de 66 funcionários, no cancelamento de marcação de novas consultas e na remarcação de cerca de 30% dos atendimentos previamente agendados nas duas unidades do hospital - Dom Bosco e Santa Catarina. Dos 135 leitos de pré e pós operatório da instituição, 50 estão fechados. Além disso, desde 12 de março, o Hospital Dia e o Centro Cirúrgico, no Bairro Dom Bosco, estão com as portas fechadas. "Os representantes da empresa asseguraram que, com a adesão até o dia 30 deste mês, teremos todo apoio para que os serviços voltem à normalidade", destacou Duque.

Revolta
Membros do Comitê em Defesa do HU, formado por técnico-administrativos, estudantes e professores demonstraram revolta com a decisão do Consu. Aos gritos de "traidor", os manifestantes cercaram Duque, que saiu pela porta da frente do Mamm, sem seguranças. O grupo alega que o reitor não seguiu a decisão da comunidade do HU que, no ano passado, rejeitou a adesão à empresa através de plebiscito."Agora, só nos resta acompanhar de perto a elaboração do contrato. A privatização do HU já está feita" , lamentou o representante do grupo, Flávio Sereno.

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