O circuito já está em funcionamento. JF já é a segunda maior produtora de Minas, e número de entusiastas não para de crescer.
Raphael Placido
Repórter
19/3/2013
Repórter
19/3/2013
Tradicional em várias cidades do país, o circuito de cervejas artesanais, onde é possível passar pelos principais fabricantes e degustar as bebidas, finalmente está disponível em Juiz de Fora. Os apreciadores de cervejas diferenciadas poderão percorrer, num passeio de seis horas, seis estabelecimentos da cidade que produzem sua própria bebida: Artezannalle, da cerveja Artês; Boi na Curva, da cerveja Profana; Brauhaus, da cerveja Pedro´s Bier; Churrasqueira, da cerveja Antuérpia; Barbante, da cerveja Barbante; e Mr. Tuga's, da cerveja Mr. Tuga's. A iniciativa é fruto de uma parceria entre os estabelecimentos e o Sebrae.
O organizador do circuito e proprietário da Verdeperto Turismo, Rodrigo Miranda, explica que é preciso agendar as datas com, pelo menos, um dia de antecedência. "Já estamos com o circuito completíssimo. Nossa intenção, primeiramente, é pegar o público de negócios. A partir de R$ 120, dependendo do número de participantes, será possível percorrer as cervejarias. Além de dois chopes por casa, os participantes terão direito à harmonização, com pratos que combinem com os diversos tipos de cervejas", afirma. Informações e reservas podem ser obtidas pelos telefones (32) 3231-2757, 8885-2077 ou 8854-9417.
Os tipos de cerveja: muito além da Pilsen
Boa parte do público que consome cervejas no Brasil ainda acredita que existe apenas um tipo: a tradicional Pilsen, cerveja leve, clara e insossa. Mas o mundo da cerveja é muito maior, com variações de sabores, aromas, cores e teor alcoólico quase infinitos.
Basicamente, toda cerveja é feita de água, cereais fermentados, lúpulo e leveduras. É no processo de transformar esses ingredientes em uma bebida deliciosa que o mestre cervejeiro atua e dá forma aos mais variados tipos de cerveja. Uma cerveja é quase 90% água, e a qualidade desta determina muita coisa no produto final. Tradicionalmente, o grão usado é a cevada, mas eles também podem ser misturados ao trigo, centeio, milho e até aveia. O processo de fabricação da cerveja inclui a germinação desses grãos, que, a partir do momento que começam a brotar, passam a liberar mais fácil o amido, sendo chamados de malte.
O malte é, então, aquecido para encerrar o processo de germinação. É o tempo que ele fica no forno que determina a coloração da cerveja: quanto mais torrado for, mais escura ela será. O lúpulo, planta nativa da Europa e Ásia, prolonga a vida e dá um sabor mais amargo à cerveja. Por fim, é adicionada levedura, fungo microscópico que transforma o açúcar em álcool.
No fim desse processo, criam-se tipos de cervejas que já têm feito parte da vida de muita gente. É cada vez mais comum, não só em Juiz de Fora, como em todo o Brasil, ouvir nomes como Weiss, Stout, Red Ale, Pale Ale e Larger, entre outras.
Seis etapas do circuito
Como o Circuito das Cervejarias Artesanais de Juiz de Fora é mais voltado para o público de negócios, ele começa na porta do hotel. Uma van com o guia percorre os hotéis da cidade, pegando os interessados. A primeira parada é a Artezannale, pizzaria e cervejaria inaugurada em 2002, que possui três sabores, todas 100% naturais e sem nenhum tipo de aditivo químico.
Em seguida, os participantes desembarcam no Boi na Curva, casa inaugurada em 1960, e que, a partir de 2002, começou a fabricar sua própria cerveja. São oito variedades, muitas vencedoras de prêmios. A terceira etapa é na Churrasqueira, a maior das cervejarias artesanais de Juiz de Fora, que produz quatro tipos de cervejas, vendidas, inclusive, em outros restaurantes. Em seguida, o grupo segue para o Brauhaus, restaurante de culinária alemã, com vários tipos de cerveja à disposição.
A penúltima parada é na Barbante, primeira cervejaria de Minas, criada em 1860, e agora recuperada pelo tataraneto do fundador. São cinco tipos de chope disponíveis. Por fim, o circuito chega ao Mr. Tuga's, local que, com onze produtos diferentes, busca resgatar a cultura cervejeira, com bebidas com maior sabor e aroma.
Miranda afirma que, em breve, existe a possibilidade de outros fabricantes locais de cerveja serem incluídos no circuito. Segundo ele, o principal empecilho é a falta de espaço para receber os visitantes. Nessa situação, ele cita as cervejas Alvânia, Arthorius, Eon e Timboo.
Imigração alemã deixou legado cervejeiro em JF
Com uma produção mensal beirando os 25 mil litros, Juiz de Fora já é a segundo maior produtora de cerveja artesanal de Minas, atrás apenas de Belo Horizonte. Miranda explica que cidades com produção bem inferior já têm seu circuito formado, e que a demanda e vontade de criar um em Juiz de Fora surgiu em 2010, mas só agora foi concretizado.
http://www.acessa.com/sosabor/arquivo/noticias/2013/03/19-juiz-de-fora-ganha-circuito-das-cervejarias-artesanais/
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