01 de Março de 2013 - 06:00
Entre os setores atingidos estão a Central de Marcação de Consultas, a Guarda Municipal e o Samu; Administração espera normalizar situação ainda nesta sexta
Por Tribuna
A falta de pagamento de contas vencidas desde outubro do ano passado deixou nesta quinta-feira (28) vários setores da Prefeitura de Juiz de Fora sem telefone. Serviços da Central de Marcação de Consultas, da Guarda Municipal e do Samu ficaram comprometidos. No início da tarde, o secretário de Administração e Recursos Humanos, Alexandre Jabour, reuniu-se com representantes da empresa de telefonia e formalizou um acordo para quitação parcelada dos débitos pendentes. Ele também fez novo contrato com a operadora, uma vez que o anterior havia vencido e não renovado na administração passada. A situação deve ser normalizada até o fim da manhã desta sexta.
O corte nos telefones foi informado pelo próprio prefeito Bruno Siqueira (PMDB) durante lançamento do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora. Em tom de desabafo, ele atribuiu os contratempos em relação aos atrasos nas contas e também àqueles relacionados à recente falta de água em alguns bairros à herança da gestão Custódio Mattos (PSDB). "Temos uma herança da administração passada de mais de R$ 34 milhões para quitar. Por isso, estamos totalmente empenhados em conseguir verbas em parceria com os governos estadual e federal para que os problemas que estamos vivenciando não se repitam, como falta de água e a possibilidade de corte dos telefones da Prefeitura", disse.
Especificamente em relação à falta de água enfrentada nos últimos dias, o prefeito considerou se tratar de um "grande problema" e relacionou a questão com o atraso de investimentos no setor em decorrência da "falta de capacidade da direção anterior em fazer com que a Cesama concluísse as obras necessárias para que a cidade não enfrentasse este problema." Segundo ele, a conclusão da adutora de Chapéu D'uvas, que deve aumentar a capacidade do município de produzir água em 60%, vai depender de um novo processo licitatório. O contrato com a empresa que executava a obra foi encerrado no fim do ano passado após praticamente um ano de inatividade.
A Cesama informou que já está realizando o levantamento de valores e materiais necessários para que a nova licitação seja elaborada e uma outra concorrência aberta em abril. "Eu gostaria muito que, no começo do ano que vem, a adutora já estivesse em funcionamento. A orientação do prefeito é para que seja feito o mais rápido possível, para garantir o abastecimento de água em Juiz de Fora, que passou a ser um problema na cidade", esclareceu o presidente da Cesama, André Borges.
O projeto foi orçado em R$ 42 milhões e começou a ser executado em maio de 2010. A empresa que assumiu inicialmente a obra recebeu 90% do valor contratado. A Cesama informou que para a obra ser entregue falta ser concluído o trecho de ligação com a Estação de Tratamento Walfrido Machado Mendonça (ETA CDI), no Distrito Industrial, Zona Norte, o que corresponde a cerca de um quilômetro de tubulação.
PJF lança Plano de Saneamento Básico
Lançado nesta quinta pelo prefeito Bruno Siqueira, o Plano de Saneamento Básico do Município prevê a elaboração de diagnóstico sobre abastecimento de água, drenagem urbana, esgotamento sanitário e resíduos sólidos. A primeira etapa, que consiste em um diagnóstico técnico e que representa 45% do total, já está concluída. A próxima fase deve ter participação da população. "O saneamento básico é fundamental para a saúde e reflete diretamente na qualidade de vida. Queremos ver o olhar da sociedade, como ela está vivenciando a situação", explica coordenador do grupo que cuida da elaboração dos estudos, Heber de Souza.
Segundo ele, os estudos iniciais destacaram como deficientes esgoto, fornecimento de água e coleta seletiva. A equipe de trabalho é composta pelas secretarias de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Obras, Meio Ambiente, Saúde, além de Cesama e Demlurb, dentro das diretrizes da Lei Federal 11.445/07, que trata do saneamento básico no país. Depois de pronto, o plano irá permitir a captação de verbas junto ao Governo federal. Conforme Bruno Siqueira, o saneamento no município é "carente de recursos financeiros" e a parceria com a União é fundamental. Paralelamente, a Prefeitura seguirá com as obras de despoluição do Rio Paraibuna, que devem ser retomadas este mês.
Representantes da sociedade civil poderão participar das discussões por meio de conferências a serem realizadas nas regiões administrativas da cidade e também pela internet, no site www.pjf.mg.gov.br/saneamentobasico. A conclusão do projeto está prevista para o segundo semestre deste ano.
http://www.tribunademinas.com.br/politica/pjf-fica-sem-telefone-por-falta-de-pagamento-1.1237937
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