terça-feira, 5 de março de 2013

Acompanhe em tempo real a cobertura da greve dos rodoviários em JF


05 de Março de 2013 - 00:45


Ônibus pararam de circular à meia-noite; motoristas e cobradores querem reajuste salarial de 28% e 48%, respectivamente, mas empresas oferecem 6,8%

Por Tribuna


11h39 - A Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp) acaba de divulgar uma nota oficial sobre o movimento grevista. No documento, a associação patronal cita ocorrências de apedrejamento de ônibus e ameaças a motoristas, o que, até o momento, não foi confirmado por ocorrências policiais. O único registro relacionado a condutores até o momento foi feito por volta das 4h, quando um motorista da Viação Ansal, 22 anos, foi detido ter entrado em um coletivo da Viação Santa Luzia, que saía da garagem no Bandeirantes, Zona Nordeste, e tentado tirar a chave do veículo.
Leia na íntegra o comunicado da Astransp: "A Diretoria da Astransp está reunida na manhã desta terça, avaliando a situação e provavelmente vai buscar junto aos órgãos competentes evidenciar a abusividade da greve. Inclusive já havia uma reunião marcada pelo Ministério do Trabalho no dia 6 de março. Na reunião anterior, o Sindicato engessou a negociação, negando qualquer flexibilização da proposta de 28%, que é impraticável para qualquer categoria patronal. Diante disso, a Astransp não teve como colocar novo índice. A Astransp lamenta os transtornos causados pela greve dos rodoviários. Os representantes dos rodoviários deveriam ter garantido 30% da frota em funcionamento, mas houve ameaças à segurança de funcionários que tentaram trabalhar. Os poucos ônibus que conseguiram sair foram apedrejados, motoristas ameaçados e os carros voltaram às garagens."
11h30 - Ciclista aproveita a ausência de ônibus para trafegar pela pista central da Avenida Rio Branco. Ao meio-dia, a faixa será aberta para que táxis recolham os passageiros nos pontos. Foto: Fernando Priamo
Ciclista na Avenida Rio Branco

 

11h16 - O leitor Fernando Raine registrou a movimentação dos motoristas e cobradores do transporte coletivo em frente à Viação Santa Luzia, no Bairro Bandeirantes. No detalhe, a garagem da empresa, com os ônibus parados.
 Movimentação em frente à garagem da Viação Santa Luzia, no Bandeirantes
11h02 - Usuários do transporte coletivo relatam que nem mesmo o mínimo de 30% do serviço de ônibus estaria sendo oferecido na cidade durante a greve. Sobre isso, um dos advogados do Sinttro, Rodrigo Vidal Ribeiro de Oliveira, ressalta que a orientação do departamento jurídico é que, pelo menos o percentual mínimo seja respeitado. Mas, os trabalhadores estariam com medo de retaliações dos usuários e dos próprios grevistas. "Ninguém quer ser o 'fura-greve'. Sinceramente, não sei como o sindicato vai conseguir orientá-los sobre essa questão. Independente disso, acho que essa situação pode fomentar um debate profundo sobre o transporte público em Juiz de Fora", diz.
O chefe do Setor de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Juiz de Fora, Sérgio Nagasawa, diz que a desobediência em relação aos 30% da frota em circulação, percentual recorrente em jurisprudências sobre o assunto, "acaba declarando a abusividade do movimento". Como sanção, cabe multa cujo valor pode variar. Ele diz que um inquérito é aberto pelo MTE para apurar os responsáveis pelo abuso. Descobertos, eles recebem a multa, que pode recair, inclusive, sobre a classe patronal.
11h - Na pista central, vazia, parece feriado na cidade. Nas laterais, trânsito típico de horário de pico. A situação inusitada desta greve dos rodoviários foi registrada pelo leitor Daniel Henrique de Oliveira na manhã desta terça-feira na altura do Mergulhão.
Avenida Rio Branco vazia
Mais uma foto do leitor Daniel Henrique de Oliveira mostra policiais andando pela pista central da Avenida Rio Branco. 
Avenida Rio Branco vazia
10h41 - Atenção! A partir do meio-dia, a pista central da Avenida Rio Branco vai ser aberta para que táxisrecolham os passageiros nos pontos de ônibus. A Prefeitura lembra, no entanto, que toda a sinalização deverá ser obedecida, pois haverá fiscalização. A PJF já está preparando um plano emergencial para os horários de pico. Neste momento, as ações que serão colocadas em prática estão sendo discutidas.
10h40 - Cerca de 80 agentes de trânsito e guardas municipais estão envolvidos no atendimento aos problemas causados pela greve. Os agentes estão concentrados na região Central. A PM também está apoiando, controlando o tráfego em outros pontos, como o Bairro São Pedro. Segundo a PJF, nenhum acidente grave foi registrado até agora. O maior gargalo, de acordo com o órgão, foi registrado na descida do Mergulhão, mas já há agentes no local para normalizar a situação.
10h28 - O leitor Luciano Wurtz fez esta foto do alto do Edifício Alber Ganimi, no Centro. A imagem mostra a pista central, de ônibus, vazia e as laterais com trânsito fluindo normalmente, segundo o leitor. O registro foi feito às 9h15. Ruas do entorno e as saídas dos bairros, no entanto, registraram trânsito lento durante a manhã.
Leitor registra trânsito na Avenida Rio Branco, às 9h15
 
10h15 - Vídeo feito pelo repórter-fotográfico Fernando Priamo mostra retenções no trânsito da cidade, como reflexo da greve dos rodoviários nesta terça-feira. Veja aqui.
10h08 - O leitor João Daniel Neto enviou uma foto da Rua Sinval Correia, que integra a Conexão Sul, utilizada como ligação entre os bairros Poço RicoBom Pastor e Granbery.
 Leitor enviou uma foto da Rua Sinval Correia, que integra a Conexão Sul
9h49 - O trânsito na Avenida Brasil, no sentido Zona Norte, depois do Bairro Santa Terezinha, está parado, segundo motoristas que circulam pela região. O motivo é um acidente entre um carro e um ônibus intermunicipal.
9h34 - Movimento de pedestres na Ponte do Manoel Honório foi grande durante toda a manhã. Foto: Marcelo Ribeiro
Grande movimento de pedestres na ponte do Manoel Honório
9h25 - A Polícia Militar acaba de informar que registrou um crime de lesão corporal envolvendo funcionários de diferentes empresas logo nas primeiras horas do dia. Por volta das 4h, um motorista da Viação Ansal, 22 anos, foi preso e levado para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil. De acordo com o boletim de ocorrência da PM, ele é suspeito de ter entrado em um coletivo da Viação Santa Luzia, que saía da garagem no Bandeirantes, Zona Nordeste, e tentado tirar a chave do veículo. O condutor, 58, teria impedido a ação e sofreu uma escoriação no lado esquerdo do rosto, perto da boca. Outro grevista da Ansal, não identificado, teria agredido a cobradora do ônibus, 50, com um soco na orelha, mas ele não foi localizado.O homem preso alegou que tentou pegar a chave do veículo porque o outro motorista teria tentado passar com o ônibus em cima dele. Já a vítima, deixava a garagem da empresa para apanhar outros funcionários para o serviço, quando teria sido impedida de seguir viagem pelo suspeito, que teria entrado na frente do coletivo.
9h23 - A Prefeitura montou um gabinete de crise, envolvendo várias secretarias, como a de Governo, de Comunicação, de Administração e Recursos Humanos, além da Settra. O objetivo é acompanhar a greve e buscar soluções para minimizar os impactos do movimento sobre a população.
9h10 - Os reflexos da greve dos rodoviários estão sendo sentidos por toda a cidade. O leitor Bruno Rodrigues Nascimento D'Assunção fotografou o trânsito na Avenida Presidente Itamar Franco, em frente à Escola Normal.
Trânsito em frente à Escola Normal
8h58 - Moradores do Bairro São Mateus estão com dificuldades para encontrar táxi nesta manhã. No ponto da Praça Jarbas de Lery Santos, várias pessoas aguardam os carros.
8h57 - Foto do leitor Ricardo Smyllie. "O trânsito na Garganta do Dilermando está com cerca de 500 metros de congestionamento no sentido bairro/centro."
 Leitor flagra retenção no trânsito na Garganta do Dilermando

8h52 - Na Avenida Brasil, no sentido Zona Norte/Centro, todas as pistas, inclusive as preferenciais para ônibus, estão tomadas por carros, e o trânsito flui com lentidão.
8h40 - Atenção, motoristas! O trânsito na Avenida Rio Branco está congestionado, assim como a Avenida Itamar Franco também apresenta pontos de retenção. Todas as vias que dão acesso ao campus da UFJF estão engarrafadas, como a José Lourenço Kelmer, Presidente Costa e Silva e a própria Itamar Franco, com reflexos no Bairro Dom Bosco e São Pedro.
8h34 - Ponto de ônibus da Avenida Getúlio Vargas ficou vazio por volta das 7h30, movimento atípico para uma terça-feira. Foto: Pedro Brasil.
Ponto da Avenida Getúlio Vargas estava vazio cerca de 7h30
8h27 - Sem ônibus, muita gente teve que sair de casa a pé. Movimento na Avenida Brasil, na altura da Ponte Carlos Otto, no Poço Rico é grande. Foto: Guilherme Arêas.
Movimento nas ruas é grande, como registrado por volta das 7h45 na Av. Brasil, na ponte Carlos Otto

Você pode participar da cobertura da greve dos rodoviários. Envie suas fotos e relatos para o e-mail internet@tribunademinas.com.br ou pelo Facebook.


8h20 - Dois ônibus da Viação Gil que haviam saído para as ruas retornaram, por volta das 8h, para a garagem da empresa, no Bairro Vitorino Braga, região Sudeste. Os coletivos das linhas 440 (Santo Antônio) e 436 (Linhares) saíram por volta das 3h30, mas os motoristas acharam por bem voltar para evitar problemas, segundo o tesoureiro do Sinttro, Carlos Alves de Souza.
8h13 - A leitora Adriana Luisa Zigler de Oliveira relata que, do Manoel Honório até o Bairro Santa Cruz, não foram vistos ônibus nas ruas. "O que vai contra a lei de greve, que diz que, nos serviços essenciais, 30% devem estar nas ruas. Há engarrafamento do Bairro Francisco Bernardino até a entrada do Parque de Exposições. Cerca de 2 km devido ao sinal no cruzamento."
8h10 - A Polícia Militar ainda não registrou ocorrências relacionadas à greve. Na garagem de cada empresa foram deslocadas duas viaturas, com dois militares cada, para garantir a ordem. De acordo com o sargento André Luiz Ferreira, do 27º Batalhão da PM, a manifestação segue tranquila.
7h32 - Usuários do transporte coletivo estão se virando como podem. A auxiliar de cozinha Rosimeire Aparecida Campos, de 51 anos, juntou-se a outros moradores do entorno da praça de Benfica, na Zona Norte, para dividir um táxi até o Centro da cidade, por volta das 6h. Ela reclama da falta de ônibus, pois disse não ter visto nem mesmo o percentual mínimo de 30% para a oferta do serviço.
7h27 - As ruas da cidade amanheceram com movimento atípico de pedestres. Na Rua Dom Viçoso, no Bairro Santa Luzia, Zona Sul, é grande o movimento de pessoas indo para o trabalho e para a escola a pé. Já na Rua Vitorino Braga, no bairro homônimo, região Sudeste, foi registrado congestionamento de veículos pouco antes das 7h.
7h17 - Cerca de 200 trabalhadores estão reunidos na garagem da Viação São Francisco, no Bairro Santa Lúcia, Zona Norte, onde os coletivos estão parados. No local, também não houve registro de tumulto, e a manifestação é considerada pacífica. Foto: Marcelo Ribeiro
Veículos da Viação São Francisco não saíram da garagem
7h09 - Comando de greve afirma que manifestações estão pacíficas até o momento, sem registro de grandes confusões. Na Viação Santa Luzia, no Bairro Bandeirantes, um ônibus chegou a ser impedido de sair logo nas primeiras horas da manhã. Agentes de fiscalização do Sinttro estão espalhados pela cidade para garantir a adesão ao movimento.
7h - Como anunciado pela categoria, os motoristas e cobradores de ônibus de Juiz de Fora entraram em greve nos primeiros minutos desta terça-feira (5), deixando milhares de usuários sem transporte coletivo. De acordo com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro), 100% dos funcionários aderiram ao movimento. Representantes do sindicato estão em todas as sete empresas que operam na cidade para impedir a saída de coletivos. Alguns carros da Viação Santa Luzia foram vistos nas ruas no início da manhã, mas foram logo retirados de circulação pelos grevistas. A categoria quer reajuste de 28% para salário de motoristas e de 49% para cobradores, o que corresponde a R$ 1.695 e R$ 1.017, respectivamente. Já a Astransp oferece o índice de correção inflacionária do INPC, que é de 6,8%.
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