Cenário: Roberto Godoy
A mobilização do Ministério da Defesa no triste episódio de Santa Maria (RS) chamou atenção pela organização, agilidade e prontidão das Forças Armadas em situações de crise. O jornalista Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo, fez uma analogia corretíssima sobre a ação de nossas forças militares nesta tragédia
Houve um atentado em Santa Maria e a reação da Defesa foi rápida, ampla e voltada para o socorro às vítimas. Helicópteros preparados para o transporte de feridos, times especializados e veículos rápidos estavam prontos para a ação bem depressa, já na madrugada de domingo.
Os primeiros grupos de soldados da 3.ª Divisão de Exército chegaram à boate Kiss quando o prédio ainda estava fumegante. Poderia ter sido também um cenário de batalha em área urbana.
O resgate, o atendimento e a remoção dos feridos estão seguindo procedimentos militares, próprios de crises. Os resultados foram bons. A intervenção dos médicos - 64 deles só da Aeronáutica - especialistas no atendimento a queimados, traumatologistas e intensivistas, com suporte de seus times de enfermagem, fez a diferença entre a possibilidade de vida e a morte imediata para os 75 sobreviventes que ontem ainda corriam sério risco, internados em UTIs. A ponte aérea entre Santa Maria e Porto Alegre - os Blackhawks desciam no Parque Farroupilha, ao lado de dois grandes hospitais da capital - foi combinada com voos mais longos, porém imediatos.
Uma frota de aviões, cujas tripulações, na primeira fase da crise, foram mantidas em regime de alerta, permaneceu pronta para decolar a qualquer momento. O esquema acionou recursos médicos na retaguarda, e integrou equipes dos Ministérios da Saúde e Integração Social. Uma espécie de centro C3 (Comando, Controle, Comunicações) coordena a operação com 1.300 militares.
O coronel aviador Jefson Borges, coordenador das operações aéreas em Santa Maria (RS), em entrevista à Força Aérea FM, afirmou nesta terça-feira (29) que a aeronave Amazonas 65, transformada em UTI para atendimento das vítimas do incêndio que matou 231 pessoas no último dia 27, é a maior UTI aérea já montada no Brasil. Segundo Borges, a aeronave possui sete leitos e que para cada um dos pacientes foi mobilizado um médico e dois enfermeiros. “Ao todo temos 21 profissionais de saúde trabalhando simultaneamente na recuperação dos feridos
A Força Aérea Brasileira divulgou mais ações de auxílio às vítimas do incêndio ocorrido em Santa Maria (RS). Ontem (28) um avião C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com equipamentos necessários para aumentar o número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Conceição, em Porto Alegre (RS).
A carga é de 15 monitores de sinais vitais, 10 respiradores e 10 sistemas duplos com monitor e respirador. Estes equipamentos foram emprestados pela rede pública municipal e estadual do Rio de Janeiro após coordenação do Ministério da Saúde .
A carga é de 15 monitores de sinais vitais, 10 respiradores e 10 sistemas duplos com monitor e respirador. Estes equipamentos foram emprestados pela rede pública municipal e estadual do Rio de Janeiro após coordenação do Ministério da Saúde .
No final da tarde desta segunda-feira (28) o Exército Brasileiro informou ter mobilizado 377 militares para a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, local do incêndio que vitimou 231 pessoas na madrugada de domingo (27). Mais cedo, o Comando da Aeronáutica informou por meio de nota que cerca de mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participam da missão, sendo 64 médicos e enfermeiros, além de 4 psicólogos.
Entre as vítimas da tragédia foram identificados 13 de militares que atuavam nas duas Forças: oito no Exército e cinco na FAB.
Entre as vítimas da tragédia foram identificados 13 de militares que atuavam nas duas Forças: oito no Exército e cinco na FAB.
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