Continua grave na tarde desta segunda-feira (22) o estado de saúde do policial militar rodoviário, 35 anos, atropelado no início da noite de sábado na Avenida Juiz de Fora, na altura do número 1.131, próximo ao posto policial do Bairro Grama, Zona Nordeste. Ele estava de serviço na base de fiscalização do km 70 da MG-353 e tinha ido a uma padaria próxima comprar pães. Ao atravessar a via fardado para entrar na viatura da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), parada no lado oposto, o homem foi atingido por um Fiat Uno, que teria invadido a contramão e o arrastado por cerca de 15 metros. De acordo com a Polícia Civil, o cabo da PM sofreu ruptura do baço, com necessidade de laparotomia (abertura cirúrgica da cavidade abdominal), hemotórax bilateral (derramamento de sangue em cavidade pleural), o que exigiu drenagem torácica, e hipertensão intracraniana. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, a vítima passou por cirurgia e permaneceu internada na sala de urgência do Hospital de Pronto Socorro (HPS), sedada e entubada.
O condutor do carro que atropelou o policial, um músico, 34, teve o flagrante confirmado por lesão corporal de natureza grave. Ele foi autuado na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil e encaminhado ao Ceresp, na madrugada de domingo, permanecendo à disposição da Justiça. Conforme o boletim de ocorrência registrado pela PM, o Uno teria tentado forçar uma ultrapassagem pela contramão para passar por uma fila de carros, causada por lentidão no trânsito. Após atropelar a vítima, o motorista teria tentado fugir, arrastando o cabo por vários metros. Depois de ter a fuga impedida por populares, que retiraram a vítima, presa embaixo do veículo, o condutor teria tentado escapar pela segunda vez, mas não conseguiu porque teve a chave retirada da ignição.
O mecânico, 40, que deteve o músico contou à polícia que havia cumprimentado o policial rodoviário momentos antes do acidente no interior da padaria. Ele relatou que o trânsito estava um pouco congestionado no sentido Grama/Centro, e que o Uno teria surgido pela contramão em velocidade incompatível com o local, atropelando o cabo, que caiu no chão. Após o impacto, o motorista teria acelerado o veículo e passado por cima do PM até que várias pessoas gritaram para ele parar. Populares teriam entrada na frente do carro para retirar a vítima, quando o homem teria ameaçado a segunda tentativa de fuga.
Ao prestar declarações à Polícia Civil, o motorista disse que seguia do Filgueiras para o Centro e, no Grama, as pistas nos dois sentidos estavam "limpas", mas ele não teria tido tempo de desviar quando o PM atravessava. Ele confirmou que a vítima ficou agarrada embaixo do carro, tendo percorrido uns dez metros após o atropelamento até parar. O suspeito alegou não ter descido do veículo porque teriam dito que pessoas queriam matá-lo. Ele afirmou não ter tido intenção de atropelar o policial, ficando nervoso com o ocorrido e sem ação. Ao confirmar a prisão do suspeito, o delegado de plantão levou em consideração a condução do veículo pela contramão, o arrastamento da vítima por vários metros e a tentativa de fuga do local. Peritos realizaram os levantamentos no endereço do acidente, e o suspeito teve a carteira nacional de habilitação (CNH) e o documento do veículo apreendidos.
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