Publicação: 17/09/2012 18:15 Atualização: 17/09/2012 19:18
Os bancários de todo o país entram em greve, por tempo indeterminado, a partir de terça-feira. Desde a primeira semana do mês, quando a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste salarial muito distinta da reivindicação dos bancários, os trabalhadores ameaçam cruzar os braços. Ao todo, a categoria reúne cerca de 500 mil funcionários no País.
Os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real. "As expectativas que eles (bancários) demonstram estão fora da realidade que a economia está vivendo. Este ano a economia está muito indefinida. Precisamos de certa cautela para fazer acordos", justificou o diretor de Relações de Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.
Na noite desta segunda-feira, os bancários voltaram a se reunir em assembleias para organizar a greve que começa terça-feira. "Hoje, as assembleias não vão apreciar nada; são meramente organizativas. Avisamos desde o dia 05 e até o momento não recebemos nenhuma nova proposta", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.
"Eles estão querendo ver o tamanho da greve. No ano passado, de 18 mil agências, chegamos a 10 mil paralisadas. A expectativa é de mobilização no mínimo igual a do ano passado", afirmou Cordeiro. Em 2011, os bancários conseguiram reajuste de 9%, com 1,5% de aumento real. "Neste ano, o que eles ofereceram dá só 0 58% de aumento real", diz o presidente da Contraf.
Apostólico contesta a avaliação dos bancários de que a Fenaban não está disposta a negociar: "Nós dissemos a eles: avaliem a proposta, vejam se existe alguma coisa que precisa ser feita de forma diferenciada, que nós levaremos aos bancos". De acordo com ele, a Fenaban está disposta a fechar acordo com os bancários, mas tem limitações. "Temos uma convenção coletiva bastante cara com muitos benefícios. É possível evoluir, mas não é possível fazer grandes saltos", afirmou. "Greve é ruim para banco, bancário, população. Nós estamos saindo de uma série de greves ao serviço publico e gostaríamos de evitar isso (a paralisação)" disse Apostólico.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores pleiteiam mudanças na participação nos lucros e resultados (PLR) e em outras questões econômicas. A proposta da Fenaban foi de PLR de 90% do salário acrescido de valor fixo de R$ 1.484,00, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado. A reivindicação dos bancários à Fenaban é de PLR de três salários mais R$ 4.961,25 de parcela fixa.
Os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real. "As expectativas que eles (bancários) demonstram estão fora da realidade que a economia está vivendo. Este ano a economia está muito indefinida. Precisamos de certa cautela para fazer acordos", justificou o diretor de Relações de Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.
Na noite desta segunda-feira, os bancários voltaram a se reunir em assembleias para organizar a greve que começa terça-feira. "Hoje, as assembleias não vão apreciar nada; são meramente organizativas. Avisamos desde o dia 05 e até o momento não recebemos nenhuma nova proposta", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.
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Paralisação dos bancários deve ser longa, prevê coordenador Sem proposta da Fenaban, bancários devem deflagrar greve na terça Bancários de BH decidem parar na semana que vem"Eles estão querendo ver o tamanho da greve. No ano passado, de 18 mil agências, chegamos a 10 mil paralisadas. A expectativa é de mobilização no mínimo igual a do ano passado", afirmou Cordeiro. Em 2011, os bancários conseguiram reajuste de 9%, com 1,5% de aumento real. "Neste ano, o que eles ofereceram dá só 0 58% de aumento real", diz o presidente da Contraf.
Apostólico contesta a avaliação dos bancários de que a Fenaban não está disposta a negociar: "Nós dissemos a eles: avaliem a proposta, vejam se existe alguma coisa que precisa ser feita de forma diferenciada, que nós levaremos aos bancos". De acordo com ele, a Fenaban está disposta a fechar acordo com os bancários, mas tem limitações. "Temos uma convenção coletiva bastante cara com muitos benefícios. É possível evoluir, mas não é possível fazer grandes saltos", afirmou. "Greve é ruim para banco, bancário, população. Nós estamos saindo de uma série de greves ao serviço publico e gostaríamos de evitar isso (a paralisação)" disse Apostólico.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores pleiteiam mudanças na participação nos lucros e resultados (PLR) e em outras questões econômicas. A proposta da Fenaban foi de PLR de 90% do salário acrescido de valor fixo de R$ 1.484,00, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado. A reivindicação dos bancários à Fenaban é de PLR de três salários mais R$ 4.961,25 de parcela fixa.
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