A Polícia Federal (PF) prendeu na “Operação Joinville” 33 integrantes de uma organização de narcotráfico que se espalhava pelos estados do Acre (26 presos), Rondônia (três), Minas Gerais (dois), Pará e São Paulo(um preso em cada). Entre os mandados de prisão não cumpridos, um era no Ceará.
Dois empresários acreanos, um dono de loja de material de construção e outro de uma marcenaria, estão entre os detidos. Eles são apontados como responsáveis pela lavagem de dinheiro proveniente do tráfico.
Na operação realizada nesta quarta-feira (4), da qual participaram 200 policiais federais, segundo o seu coordenador, o delegado Maurício Moscardi, da Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE)da Polícia Federal (DPF) no Acre, foram apreendidos R$ 34 mil, cinco carros, dois caminhões, uma pistola.380 com munições furtada da Polícia Militar (PM), um revólver.
Os mandados de prisões foram concedidos pelo juiz Yale Elcio Sabo Mendes, da Vara de Delitos de Drogas do Estado do Acre. Ele se respaldou no trabalho de investigação feito pelo setor de inteligência do DPF no Acre.
A Operação Joinville teve início em 2009 e, com os resultados obtidos nesta nesta quarta-feira, ela apresenta números expressivos: 56 prisões efetuadas e a apreensão de R$97 mil, 183,6 Kg de cocaína, quatro armas de fogo, 32 mil DVDs e 14 veículos.
Além da fábrica de móveis do empresário preso, o grupo também usava uma empresa agropecuária de fachada para acobertar a lavagem do dinheiro. Eles negociavam a droga em outros estados, muitas vezes recebendo dos intermediários carros como forma de pagamento.
Segundo a polícia, um dos métodos de trazer a cocaína para o Brasil, era através de dois funcionários de uma empresa aérea que foram presos nesta quarta-feira. Em outra investigação da Polícia Federal do Acre, em 2010, na Operação Passe Livre II, também foram presos empregados da mesma empresa área. Naquela operação, a polícia apreendeu 18 Kg de cocaína.
Os integrantes da quadrilha responderão por tráfico ilícito de drogas, lavagem de dinheiro, financiamento ao tráfico. Além de terem o patrimônio sequestrado judicialmente, eles poderão, pelos cálculos do delegado Moscardi, ser condenados a penas de até 63 anos de prisão.
Reportagem: Rômulo Diego Moreira
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