quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio+20: participação de chefes de Estado e Governo leva a reforçar segurança no Riocentro e Galeão


Rio de Janeiro, 21/06/2012 – A presença de chefes de Estado e de Governo para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, levou ao reforço da segurança no Riocentro, na Base Aérea do Galeão e no Aeroporto Internacional Tom Jobim. O general Otávio do Rêgo Barros, coordenador da segurança no Riocentro, informou que o local conta com a participação de 2.364 militares e civis, um aumento de 81,84% em relação ao efetivo empregado nos primeiros dias da conferência.

“Estamos aqui com um reforço. São policiais federais, civis e militares e mais efetivos do Corpo de Bombeiros. Vamos permanecer assim até a próxima sexta-feira (amanhã), quando iremos diminuir o efetivo”, disse o general Rêgo Barros.

A mobilização das tropas teve por finalidade assegurar a segurança de mais de 100 chefes de Governo e de Estado que estão no Rio para a conferência da ONU. Ontem, o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, estiveram no Riocentro. Amorim e De Nardi foram informados pelo general Rêgo Barros sobre a normalidade da segurança das autoridades que participam da Rio+20.

De acordo com o chefe do EMCFA, o planejamento formatado para o evento ocorre dentro daquilo que foi previsto. Confiante, De Nardi acredita que não haverá “problemas graves” até o término da reunião. Ontem pela manhã, os militares se empenharam no sentido de evitar que manifestação nas proximidades do Riocentro trouxesse transtornos aos participantes da Rio+20.

“As tropas estão monitorando a manifestação, que vai ser concluída de forma pacífica”, previu De Nardi, antes de o protesto cessar. Nenhum incidente foi registrado.

A área interna do Riocentro é controlada pela 4ª Brigada de Infantaria Motorizada de Juiz de Fora (MG) e por seguranças da ONU.  A parte externa conta com tropas da Brigada Paraquedista, com o auxílio da PM e da Guarda Municipal. A chegada e partida das autoridades no Riocentro levaram à interdição de diversas ruas naquela região. À noite, o trajeto entre o centro de convenções e a Arena Barra, local de um show que marcou a abertura da Rio+20, foi fechado ao trânsito de veículos não oficiais. Os moradores só puderam circular com a apresentação de comprovante de residência.

Segurança na Base Aérea

As últimas 72 horas trouxeram mobilização na Base Aérea do Galeão e no Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador. Na tarde de terça-feira, o presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdimuhamedev, desembarcou a bordo de um Boeing 777-200. Ele foi recebido pela embaixadora Aksoltan Atayeva. À noite, chegou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e na madrugada ocorreu o desembarque da presidenta Dilma Rousseff.

A operação da Aeronáutica envolve mais de 1,3 mil militares na garantia da tranquilidade das comitivas que passam pelos aeroportos da capital fluminense e pela Base Aérea do Galeão durante a Rio + 20. Caso alguma situação fuja do controle durante o desembarque e embarque das autoridades, a segurança estará nas mãos de um grupo de elite da Força Aérea Brasileira: o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), unidade especializada em operações especiais.

Com máscaras negras sobre o rosto e mantendo o anonimato, os homens do EAS participam do plano de segurança sem serem vistos, de olho nas aeronaves que trarão ao Rio de Janeiro 66 comitivas estrangeiras. O trabalho das Forças Especiais nas missões de contraterrorismo pode ir desde o acompanhamento à distância até, em último caso, retomar uma aeronave militar sob controle hostil.

“Não basta só ter coragem. É preciso também estudar muito, ter conhecimento doutrinário, estar ligado nas mais recentes estratégias utilizadas ao redor do mundo”, explica um capitão formado em Infantaria pela Academia da Força Aérea e com cursos de Comandos e Operações Especiais, paraquedismo, mergulho, salto livre, tiro de precisão (sniper), dentre outros. Dependendo da missão, cada integrante do grupo precisa utilizar várias técnicas, bem como armamentos e equipamentos que variam de acordo com a situação tática, como óculos de visão noturna (NVG).

Além das Operações Especiais, o EAS participa de missões de busca e resgate, como nos casos de aeronaves que se acidentam na região amazônica. Um exemplo foi a queda de um avião da Varig em 1989, em São Félix do Xingu (MT), quando 42 sobreviventes foram salvos. O Esquadrão também atuou nas enchentes de Santa Catarina, em 2008, e nos acidentes com aviões da Gol, em 2006, e Air France, em 2009.

Fotos: Felipe Barra e Sargento Johnson Barros –Agência Força Aérea 
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070

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