sábado, 21 de abril de 2012

Exército corre com obra no aeroporto de Guarulhos



Um ano após iniciada, 63% da obra de terraplenagem do pátio do terminal de passageiros 3 do aeroporto de Guarulhos (SP) já foi concluída, o dobro do previsto para o período pelo cronograma. Iniciada em maio de 2011, a obra é tocada pelo Exército.

"Se tudo correr bem, vamos entregar antes do prazo do convênio com a Infraero, que é dezembro de 2013", diz o general Joaquim Brandão, comandante do DEC (Departamento de Engenharia e Construção do Exército).

A Infraero prevê a conclusão das obras para setembro deste ano. Se isso ocorrer, o consórcio vencedor da concessão de Guarulhos ganhará mais tempo para realizar a etapa de concretagem do pátio. Essa obra era tida no mercado como um grande desafio para ter o terminal funcionando até a Copa de 2014, como previsto no contrato.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Soldados trabalham na terraplanagem do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos
Soldados trabalham na terraplanagem do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos
O comandante do DEC prefere cautela. Segundo Brandão, o projeto entrou numa etapa complexa, que só pode ser executada sem chuva.

No mês passado, foi encerrada a colocação da camada de pedra sobre a área de 310 mil metros quadrados que vai servir de pátio de manobra para os aviões. Agora, as empresas contratadas começaram a aplicar 397 mil metros cúbicos de terra para preparar a camada necessária para iniciar a concretagem.

INTERRUPÇÃO

Nessa camada, é preciso testar cada trecho terraplenado em laboratório para saber se ele atende às especificações. O trabalho tem de ser interrompido se chover.

Além da concretagem do pátio, o consórcio vencedor, liderado pela Invepar (empresa da Construtora OAS com fundos de pensão de bancos públicos), terá de construir o novo terminal de passageiros. Segundo o Brandão, a obra coordenada pelos militares foi planejada para não atrapalhar a do terminal.

O Exército ainda comemora a obra ter custado 30% menos que o projetado. Segundo Brandão, a licitação foi feita em dois pregões diferentes, um para o fornecimento de pedras e outro para os serviços de terraplenagem, este dividido em dois lotes.

A concorrência fez com que o preço caísse de R$ 417 milhões para R$ 290 milhões, segundo o Exército.

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