segunda-feira, 9 de abril de 2012

EUA anunciam dois novos consulados no Brasil

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, anunciou dois novos consulados no Brasil: em Porto Alegre e em Belo Horizonte.


Em encontro nesta segunda-feira com empresários brasileiros e americanos na Câmara de Comércio Americana em Washington, a chefe da diplomacia disse que os EUA estão comprometidos em facilitar a entrada de brasileiros nos EUA.

Hillary, que estará no Brasil na próxima semana, afirmou que as relações com o Brasil são prioridade para o governo Obama, que pretende ampliar tanto o fluxo de turistas quanto o de negócios entre os países.

Não foi divulgado quando os novos postos consulares serão inaugurados.

No final de janeiro, o presidente Barack Obama anunciou medidas para facilitar a concessão de vistos para brasileiros considerados de baixo risco. Nacionais de outros países também foram beneficiados. Entre as ações está a possibilidade de dispensar brasileiros da entrevista no consulado.

Obama também anunciara a intenção de elevar em 40% a capacidade de atendimento das autoridades consulares no Brasil e na China.

Em março, foi anunciado que o governo dos Estados Unidos pretende criar uma fila rápida na imigração americana para facilitar a entrada de viajantes brasileiros frequentes no país. A medida ainda depende de acordo com o governo brasileiro.

Paul J. Richards/France Presse
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em encontro com empresários na Câmara de Comércio Americana em Washington
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em encontro com empresários em Washington

DILMA

O encontro de hoje faz parte da visita oficial da presidente Dilma Rousseff. Ela deve se encontrar hoje com o presidente Barack Obama para tratar de temas como cooperação científica e aprofundamento das relações comerciais.

Ontem (8), Dilma se encontrou com empresários brasileiros em Washington e afirmou que o Brasil deve priorizar o registro de patentes como meta de avaliação científica. Segundo ela, o modelo atual é muito focado em publicação de artigos.

Ela ouviu do empresariado o pedido para que o governo foque em inovação. Dilma também enfatizou a necessidade de fomentar a pesquisa no país.

O empresário Marcelo Odebrecht afirmou que a reunião foi positiva. "Ela está muito interessada em conhecer a agenda das empresas brasileiras no exterior."

Participaram da reunião, organizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), 23 empresários. Estavam no encontro representantes da Gerdau, Camargo Corrêa e Amcham (Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos), entre outros.

A conversa, em tom descontraído, de acordo com relatos dos participantes, durou pouco mais de uma hora. Dilma brincou que alguém poderia perguntar o porquê de ela sair do Brasil para conversar com empresários brasileiros. A presidente justificou que os encontros a ajudam a se preparar para os eventos oficiais.

Dilma também disse aos representantes do setor privado brasileiro que o Brasil deve aprender com os EUA --sobretudo com sua capacidade de se recuperar rapidamente de crises.

Ainda segundo os participantes, a presidente foi extremamente pragmática e defendeu a ampliação dos negócios entre os países.

Os Estados Unidos perderam o posto de principal parceiro comercial brasileiro para a China há pouco mais de dois anos, mas o fluxo está se recuperando.

Em janeiro, os EUA voltaram a bater o país asiático como parceiro número um do Brasil, graças principalmente ao aumento das exportações brasileiras e à queda no preço das commodities. Em fevereiro, a China voltou a ultrapassar os EUA em corrente de comércio (exportações mais importações). O Brasil tem deficit com EUA --em 2011, totalizou US$ 8,1 bilhões.

OUTRAS REUNIÕES

Nesta segunda-feira, Dilma se encontrará com executivos brasileiros e americanos do Fórum de CEOs, que foi presidido por ela quando era a ministra da Casa Civil.

Do lado brasileiro, estarão principalmente empreiteiras. Também estarão presentes o setor financeiro, de aviação e representantes da indústria do suco de laranja, que enfrenta problemas nos EUA por causa da presença de um fungicida proibido no país.

Entre os americanos, comparecerão Boeing, International Paper e empresas do setor energético.

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