Prezados(as) Amigos(as) do Educandário, só a título de esclarecimento:
O Educandário mantém um convênio de abrigo dependente com o Município e, para tanto, recebe R$120.846,00 por ano, ou seja, R$10.070,50 por mês, atendendo 28(vinte e oito) pessoas com deficiências em horário integral.
Esse valor significa uma ajuda de custo de R$359,66 por pessoa, sendo que o nosso custo ultrapassa mais de R$1.700,00 por pessoa/mês.
Sem desmerecer o trabalho de outras entidades, a prefeitura reajustou neste ano um convênio de uma delas para R$930.738,48 para atender a 60 adolescentes, mas atende a 48, na modalidade "abrigo Independente", o que dá uma per capita mensal de R$1.615,86.
Outra entidade, também sem desmerecer o trabalho dela, pois faz um excelente serviço, atende a 45 pessoas com deficiência somente durante o dia, de 2ª a 6ª feira, teve seu recurso reajustado para R$467.799,60 ao ano, o que dá uma per capita mensal de R$866,29.
VOLTO A AFIRMAR, não estou desmerecendo o trabalho de nenhuma instituição, mas, porque o EDUCANDÁRIO CARLOS CHAGAS não merece a mesma consideração?
Somos uma entidade com 83 anos de existência, ou seja, a segunda mais antiga da cidade, que sempre esteve ao lado do município nos piores momentos. Quanto ninguém queria atender a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, o Educandário foi o primeiro a acolhê-los.
Com o passar do tempo, desvirtuaram a finalidade do Educandário e, durante anos, abrigavam adolescentes que cometiam atos infracionais.
Ao longo dos últimos 16 anos, conseguimos recuperar a instituição e seus valores. Hoje, além de abrigarmos 28 pessoas com deficiências em situação de abandono, temos dois programas de primeiro emprego, dando oportunidades a dezenas de jovens todos os anos, somos os intermediários da contratação de todos os adolescentes aprendizes da Guarda Mirim e, desde de 2007, assumimos a contratação de funcionários de 9(nove) creches assistenciais que iriam fechar as portas por falta de condições de funcionamento, ou seja, estamos sempre prontos a ajudar o município sempre que somos solicitados mas, infelizmente, algumas pessoas que atuam na política de assistência social do município não reconhecem esse trabalho.
É lamentável e profundamente desgastante.
Mário Albino Martins
Superintendente do Educandário Carlos Chagas
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