Ao mesmo tempo, Campos afirmou que se fosse deputado votaria no candidato Julio Delgado (PSB-MG) que tem como principal adversário o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). A eleição para o comando da Casa está prevista para ocorrer no próximo dia 4.
"O bancada já o apoia. Mas não é o caso da direção partidária, dos governadores e prefeitos se intrometerem numa eleição que é própria da Câmara. Fui deputado federal três vezes e estadual por um mandato e acho que esse debate deve ser travado no Parlamento. O que posso dizer é que, se fosse deputado, votaria nele", disse Campos após encontro com Delgado em Recife.
As declarações tiveram um duplo entendimento. De um lado, Delgado diz que ficou claro o apoio de Campos. Do outro, assessores do governador que participaram do encontro, negam a adesão à campanha do deputado.
"Não saio desanimado da conversa, pelo contrário. Foi uma sinalização clara de apoio. Hoje a Câmara tem dois caminhos ou cai no inferno astral com uma série de denúncias ou tem uma proposta de mudança", disse à Folha, Júlio Delgado.
O deputado se referia às supostas irregularidades na execução das emendas parlamentares por parte de Henrique Eduardo Alves.
No último domingo (13), reportagem da Folha mostrou que pelo menos três prefeituras do Rio Grande do Norte, à época governadas pelo PMDB, contrataram a Bonacci Engenharia, do ex-assessor Aluizio Dutra de Almeida, para fazer obras com recursos de emendas orçamentárias propostas pelo peemedebista. Almeida pediu demissão do cargo após divulgação do caso.
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