terça-feira, 28 de junho de 2016

1968 – AS GAFES COMETIDAS DURANTE A VISITA DA RAINHA ELIZABETH AO BRASIL


Em 1968, pela primeira vez um monarca do império britânico visitava o Brasil. Por dez dias, entre 01 e 10 de novembro, a rainha Elizabeth II e o marido, o príncipe Phillip, estiveram no Recife, onde passaram pouco mais de três horas, foram para Salvador a bordo do iate real Britânia, onde também permaneceram poucas horas e de lá partiram para Brasília, Campinas e São Paulo - onde inaugurou o Masp, terminando a viagem no Rio de Janeiro, rumo ao Chile.

Foram gafes de todos os lados, tanto da rainha, quanto do presidente Costa e Silva e sua esposa. 


Na recepção em Brasília, Elizabeth II não gostou do suco de maracujá. Ficou com o copo cheio depois de dois goles até o garçom chegar e retirá-lo (depois de quatro minutos com ele na mão).

A primeira-dama Iolanda Costa e Silva chamou o marido da rainha de "pão" e os intérpretes não conseguiam encontrar uma tradução precisa para o príncipe entender.


O presidente Costa e Silva felicitou a rainha em 05 de novembro pelo seu aniversário ocorrido em 21 de abril e durante o brinde na recepção oficial, não se lembrava da frase completa em inglês e disse apenas: "God... God...". Um assessor precisou soprar no ouvido do presidente a continuação da frase [save the queen, ou "Deus salve a Rainha"] para contornar o constrangimento.


O banquete oferecido no Itamaraty reuniu três mil pessoas e ficou conhecido pela voracidade com que os convidados avançaram sobre o bufê, já quase à meia noite, pois a formalidade da ocasião exigiu que a monarca passasse horas em sessões de fotos e beija-mão. "Esfomeados, os presentes avançaram na comida. Houve gente que comeu caviar de colher", relatou o jornalista Gilberto Amaral.


Na visita da rainha a Campinas/SP um cavalo "puro-sangue" ficou tão "excitado" diante de Sua Majestade que teve de ser acalmado às pressas com éter.


Uma vontade especial da rainha cumpriu-se no Rio de Janeiro. Assistiu a um jogo de futebol no Maracanã, com direito a uma majestade em campo, Pelé. Mas nem por isso os torcedores se comportaram. Das arquibancadas lotadas, ouviam-se xingamentos de todos os tipos.
Constrangido, o governador Negrão de Lima teria tratado de explicar: “Estão desejando boa partida aos jogadores, vossa alteza”.


A vinda da rainha ocorreu em um momento delicado para o país: os estudantes agitavam as ruas contra o Governo Militar. Ainda havia uma relativa liberdade de informação, como mostra a cobertura feita pelas revistas da época sobre a solene e atrapalhada visita da rainha. As tensões políticas estavam levando o país para o Ato Institucional número 5 (AI-5), baixado em dezembro daquele ano e que cancelou o pouco que ainda restava de liberdade de imprensa.


A visita foi um pequeno respiro para os tempos de endurecimento do regime militar vindos depois que a rainha deixasse as terras brasileiras de volta ao palácio de Buckingham em Londres. Mas a monarca britânica ainda lembraria do Brasil por muito tempo. Pelo menos enquanto durou o estoque da polpa de bacuri que ela encomendou na Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro.


Pinçado na internet.

Para quem acha que selfie é invenção nova, olha aí o Pato Donald em 1961


FAMÍLIA INFANTARIA - FEIJOADA - CONVITE


BLOG SEM ATUALIZAÇÕES - TEMPORÁRIO


Comunico aos leitores que nosso blog irá ficar, temporariamente, sem atualizações. Por problemas de saúde estarei fora de combate por um breve período.  Em breve estaremos de volta.

Fiquem com Deus.

28 DE JUNHO - ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE ITAMAR FRANCO

"Hoje, 28 de junho, data de aniversário do saudoso presidente Itamar Franco. Olhando minha Juiz de Fora atual e os problemas de nosso país, percebo a falta que faz na vida pública um homem da capacidade administrativa e da honradez de Itamar Franco."

Maurício Menezes, o Danadinho da Rádio Globo.


Itamar foi um político de fato, e não desses politiqueiros de ocasião, em busca do fogo fátuo dos holofotes, com data marcada das vésperas de eleições para se mostrarem, quando estão sempre a postos para fotos e sorrisos, e nos demais meses somem do mapa, ninguém consegue encontrar nem com luneta. Era um patriota, que tomava suas decisões, certas, erradas ou questionáveis, a partir de princípios e convicções, em nome do bem público, e não de oportunismos e ambições pessoais. Infelizmente a História, quando é escrita, é com linhas tortas, e iguala o trigo ao joio. Ou pior: muitas vezes exalta o joio e relega o trigo…
O que, porém, no caso de Itamar Franco, não há de acontecer. Pois nós, seus conterrâneos mineiros não deixam.
PARA RECORDAMOS UM POUCO DE NOSSO AMIGO ITAMAR

"Morre o senador e ex-presidente Itamar Franco aos 81 anos

SÃO PAULO – O senador e ex-presidente Itamar Franco morreu neste sábado, aos 81 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Ele foi diagnosticado com leucemia e estava internado desde o dia 21 de  maio. Na sexta-feira, o estado de saúde do ex- presidente piorou e foi levado para a UTI, com pneumonia grave.
Itamar Augusto Cautiero Franco talvez seja o único mineiro que tenha nascido em alto-mar. Foi em junho de 1930, quando sua mãe viajava em um navio do Rio de Janeiro para Salvador e por isso foi obrigada a registrar o filho na capital
baiana. No ano seguinte, o “erro” seria corrigido com o registro da certidão de batismo, que traz Juiz de Fora como sua verdadeira terra natal.
Na cidade mais importante da Zona da Mata mineira Itamar viveu a infância e a juventude ao lado da maior parte de sua família, mas órfão do pai, que morreu antes que ele nascesse. Descendente de italianos, a mãe Itália Cautieiro passou um dobrado para manter a família com a venda  de marmitas. Ela morreu em 1992, vinte dias antes da posse oficial do filho caçula como presidente da República do Brasil. Mas essa é outra história.
Itamar gostava de jogar basquete. No fim da adolescência, escolheu seguir a profissão do pai e formou-se em Engenharia Civil e Eletrotécnica na Universidade Federal de Juiz de Fora. No entanto, a militância estudantil no Diretório Acadêmico foi mais prolífica do que a  lida com planilhas e cálculos, ainda que no início da carreira o tino para a política tão parecesse algo tão definitivo: aos 28 anos candidatou-se a vereador pelo PTB e perdeu as eleições. O mesmo ocorreu quatro anos depois, quando tentou ser vice-prefeito.
Por ser amigo do governador mineiro Magalhães Pinto, sobreviveu ao golpe de 1964 e não foi cassado, como ocorreu com a maior parte dos colegas do PTB. A primeira vitória chegaria em pouco tempo. Filiado ao MDB, foi escolhido prefeito de Juiz de Fora em 1966, feito que se repetiria em 1972, ao ser reeleito. Como administrador da sua cidade de coração, dividiu a experiência de poder com figuras que vinte anos depois escolheria para ocupar cargos chaves no Planalto Central, como o professor Murilo Hingel (futuro ministro da educação), Mauro Durante (futuro secretário-geral), Djalma Moraes (Comunicações), Alexis Stepanenko (Planejamento) e a família de Henrique Hargreaves (Casa Civil). No governo federal, formariam juntos o núcleo daquela que viria a  ser conhecida conhecida como a República de Juiz de Fora, ou República do Pão de Queijo. Mas ainda chegaremos lá.
Itamar Franco era daqueles tipos de líder que não se isolam na hora de tomar decisões – no seu caso, quase todas cheias de suspense e emoção. Preferia estar cercado por colaboradores e mantinha o hábito de consultar pessoas simples – do garçom do cafezinho à faxineira – para arejar a mente ao ser desafiado a tomar medidas complexas. Já era assim em 1974, quando exercia o segundo mandato como prefeito e decidiu renunciar para concorrer ao Senado pelo mesmo MDB. A decisão final só veio depois de ouvir a opinião do seu motorista, minutos antes do prazo.
– A vontade dele sempre prevalecia no final, apesar de ser um bom ouvinte e não ter vergonha de voltar atrás – lembra e contemporiza o fiel escudeiro Henrique Hargreaves.
Naquele tempo também era possível observar os primeiros sinais da estrela que carregaria por toda vida: algo que muitos chamariam de senso  de oportunidade, outros classificariam como pura sorte. As chances de vitória na disputa pelo Senado eram as mais remotas. O candidato natural  do MDB era Tancredo Neves, mas o mineiro temia perder para o candidato do partido do Regime Militar, a Arena, por isso lançou Itamar ao sacrifício. Na hora das urnas, a oposição surpreendeu em todo o Brasil. Itamar foi eleito por Minas e repetiu a dose em 1982, com o partido já renomeado como PMDB.
Perdeu o controle da legenda em Minas em 1986 e tentou o governo do Estado pelo PL. Mas foi derrotado por Newton Cardoso, justamente o candidato do PMDB. Voltou para o Senado e encerrou o mandato com a participação na Assembleia Constituinte de 1987 no currículo.
Desde a época em que era prefeito, Itamar gostava de dizer que se considerava um político de esquerda, embora pouquíssimas vezes tenha composto com os partidos mais tradicionais deste campo. Foi mais eficiente que os colegas na hora de reforçar a imagem de político com postura pública marcada pela seriedade e a austeridade. Surpreendeu a muitos correligionários quando aceitou ser vice candidato na chapa de Fernando Collor (PRB) à Presidência, em 1989. Mas era a única e melhor chance de alcançar o cargo máximo da República, o que viria a acontecer em pouco tempo.
O temperamento intempestivo do mineiro e do cabeça da chapa não poderia ter outro resultado: desde a campanha os dois se desentendiam com frequência e o clima não ficou melhor quando Collor assumiu o cargo.
Itamar sempre foi uma pessoa difícil de lidar. Não era vaidoso. Mas orgulhoso, sensível a críticas e muito agarrado às suas causas. Achava que era perseguição Collor escolher justamente a Usiminas na primeira etapa de um processo de privatização, ao qual se opunha inicialmente.
Quando contrariado, tremia até o topete (mantido desde a juventude e sem
adição de produtos de beleza, garantem os mais próximos).
 – Pode orgulhar-se a Nação capaz de dominar as suas mais graves crises políticas na ordem da Lei. Sábio é o povo que, na conquista e preservação de sua própria liberdade, expressa veemência no clamor das ruas e na serenidade de seus atos – discursou pela primeira vez na TV como presidente, às vésperas da passagem de 92 para 93.
Apesar da amplitude de apoio ao seu governo, o núcleo duro era mesmo formado pelos amigos do tempo de Juiz de Fora, somados a poucos parceiros da época do Senado, como Maurício Corrêa, que viria a ser nomeado ministro da Justiça. Não havia outro jeito, afinal, conhecia pouca gente no Rio ou São Paulo, e não tinha canais com o mundo acadêmico, empresarial ou sindical. Até mesmo no mundo político sua base era considerada precária e pouco capilarizada. Ainda assim Itamar foi hábil suficiente para garantir a estabilidade política do país depois do maior escândalo político da vida nacional.
O núcleo estava sempre por perto e o aconselhava, mas não foi capaz de evitar um dos episódios mais curiosos do período. Com o suspeito argumento de que o último presidente a participar do carnaval teria sido Hermes da Fonseca, em 1913, Itamar partiu para o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro em fevereiro de 1994, onde protagonizou cena inesquecível ao lado da “modelo” cearense Lilian Ramos, de 27 anos. O encontro ficou famoso por causa de uma ausência: a calcinha da jovem com quem sambou, trocou palavras de pé de ouvido e até telefones. Jantariam na noite seguinte, se a imagem do presidente da República em flerte explícito com uma mulher seminua não tivesse rodado o mundo e instalado uma crise que, no fim das contas, só serviu para encerrar abruptamente o romance.
No seu governo a população participou do plebiscito que reafirmou a escolha do regime presidencialista para o país. Promoveu o fim da hiperinflação (que chegava a 1.100% em 1992) ao executar o Plano Real. A medida foi gestada por quase um ano por um grupo de economistas e colocado a cabo pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, indicado por Itamar para o Ministério da Fazenda. O plano garantiu a normalização da atividade econômica e permitiria, e nos anos seguintes, a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Esta conquista sempre foi até o fim da vida o seu maior motivo de orgulho. Itamar Franco morreu hoje, dia 02 de julho. Deixa duas filhas e dois netos."
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A chegada de Itamar
Itamar Franco desembarca do automóvel presidencial nos jardins do Planalto às oito da manhã. 1992.

Como foi – Essa foto é uma das raras em que o então presidente Itamar Franco aparece cercado por assessores ao chegar para sua jornada de despachos. Era avesso à formalidade. Assim que assumiu a cadeira de Fernando Collor, teria, porém, que lidar com o rotineiro ritual do cerimonial. Depois desse dia aí determinou que somente dona Ruth Hargreaves – sua secretária particular – e um ajudante-de-ordens o fizessem, ao contrário de ser recebido pelo embaixador-chefe do serviço de Protocolo da Presidência, pelo ministro da Casa Civil, por oficiais graduados e outros servidores do Planalto
Viva o Fusca!
Que outro carro pode se orgulhar de voltar a ser feito devido a um presidente?
20 de janeiro é o Dia Nacional do Fusca. O carrinho da Volkswagen nunca foi um primor para se dirigir, mas sua robustez e, por que não dizer, seu design incomum caíram nas graças dos brasileiros. Foram mais de 3,3 milhões de unidades vendidas no País de 1959 a 1986 e depois, de 1993 a 1996 – este último período muito devido ao saudosismo do então presidente da República, Itamar Franco...
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Itamar Franco é Oficial da Reserva R/2, da arma de Artilharia, formado pelo NPOR do antigo 1º do 4º RO 105, hoje 4º GAC L, de Juiz de Fora/MG.
Este editor e o Cel Reinaldo Nonato ladeando o presidente Itamar Franco

Saudades do amigo Itamar Franco.

Morre o ator Bud Spencer, aos 86 anos


O ator italiano Carlo Pedersoli (Nápoles, 1929), mais conhecido como Bud Spencer, morreu nesta segunda-feira aos 86 anos, segundo confirmou seu filho ao jornal La Repubblica. O intérprete era muito conhecido por sua participação em filmes de ação e spaguetti western, com o também ator Terence Hill. "Papai se foi em paz às 18h15 da tarde. Não sofreu e estava junto de todos nós. Sua última palavra foi ‘obrigado’", afirma o comunicado enviado por seu filho aos veículos de comunicação italianos.
Pedersoli chegou à primeira linha do cinema com 37 anos. Assim explicou o próprio ator há menos de um ano, emuma entrevista ao EL PAÍS (em espanhol): “Eu me casei com María Amato, meu anjo da guarda, há 56 anos. Foi sei pai (Giuseppe Amato, produtor de A Doce Vida e Don Camillo) que me indicou. Comecei quando ele morreu, e meu primeiro filme foi em 1967 (Deus Perdoa, Eu Não!). Precisavam de um grandão e, apesar de a princípio não termos chegado a um acordo por uma questão econômica, finalmente cederam e aceitaram porque não encontraram ninguém com as minhas dimensões”.
Esse foi o seu primeiro papel de protagonista. Mas antes estreou no cinema emQuo Vadis (1951). Depois, protagonizou mais de quinze filmes ao lado de Terence Hill. Com uma carreira conjunta que começou com Deus Perdoa, Eu Não! em 1967 e durou até A Volta de Trinity, em 1994. Conquistaram o sucesso comTrinity é o Meu Nome (1971).
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/27/cultura/1467059621_104151.html