domingo, 7 de agosto de 2016

ARMAS EM FUNERAL - TEN IVO PITANQUY



Morre o Médico cirurgião plástico Ten R/2 de Cavalaria Ivo Pitanguy (Belo Horizonte, 5 de julho de 1923 – Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2016) 

Entre ser escritor e médico, o jovem Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy optou pela segunda opção, ingressando na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte (Universidade Federal de Minas Gerais), onde iniciou sua formação profissional. No segundo ano da graduação iniciou o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) como forma de cumprir o serviço militar obrigatório escolhendo como arma a Cavalaria. Acabou tendo que se mudar para o Rio de Janeiro para concluir o curso do Exército no Regimento da cidade. Estagiou nos “Dragões da Independência” e tornou-se 2º Tenente da Reserva. Para não ter que trancar a faculdade, transferiu-se para a Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde concluiu seus estudos, em 1946.

A família Pitanguy era extremamente ligada uns aos outros , muito unidos, porém o mundo imperiosamente o chamava e as montanhas de Belo Horizonte começaram a ser barreiras que teriam que obrigatoriamente ser transpostas um dia . Não sabia ele como colocar isso pros pais , julgando-se talvez um filho ingrato caso deixasse seu lar. Foi quando o Exército o livrou de um penoso problema e sem tantos remorsos teve que ser convocado a servir nos Dragões da Independência . Portanto o Pitanguy Rio de crianças foi assim desaguar em outro rio, o Rio de Janeiro.

"Posso dizer que vim a cavalo. Pois precisava servir ao Exército, mais precisamente no Regimento Andrade Neves de Cavalaria, no Rio de Janeiro, para poder concluir os estudos. Em Belo Horizonte, não havia Regimento de Cavalaria, por isso digo que cheguei ao Rio trazido por um cavalo."

"Estava no quarto ano médico. O Rio foi um acidente na minha vida. Naquela época, a cavalaria era obrigatória, e não tinha destacamento de cavalaria em Belo Horizonte; eu teria que perder um ano ou ir para o Rio (que tinha um destacamento de cavalaria). Vim para os Dragões da Independência para não perder o ano na universidade. Havia um concurso no pronto-socorro do Hospital do Rio, para interno; sem saber, estava preparadíssimo, tirei um dos primeiros lugares. Junto com a cavalaria, fazia internato num hospital de urgências, numa época de navalhadas."

A vida inteira passou se exercitando se tornando também excelente cavaleiro. Foi homenageado em 1991 como Ex-Aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Belo Horizonte. Agraciado em 2002 com o Diploma de Oficial R/2 Padrão do Brasil, pelo Centro de Preparação de Oficiais de Reserva do Rio de Janeiro – CPOR/RJ.


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