quinta-feira, 14 de abril de 2016

Operação faz buscas em propriedades e gabinete do prefeito de Ouro Preto

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, nesta quarta-feira (13), a segunda fase da Operação Minerva, que investiga suspeita de corrupção e de desvio de recursos em obras de engenharia da Prefeitura de Ouro Preto. Foram feitas buscas no gabinete, na casa e na fazenda do prefeito da cidade, José Leandro Filho (PSDB). Segundo o MPMG, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas de um ex-secretário de Obras e de um empresário da área de engenharia, que não tiveram os nomes divulgados.
A promotoria de Ouro Preto iniciou as investigações em 2014, após receber representação que noticiava ilegalidades em contratos que envolviam empresas de engenharia da cidade. São investigadas atas de registros de preços de mais de R$ 46 milhões.
De acordo com o MPMG, as apurações apontam que, entre 2013 e 2015, o município de Ouro Preto teria celebrado contratos e permitido execuções de itens fixados em atas de registro de preços, de valores milionários, para a execução de obras de engenharia. As provas indicam, segundo o Ministério Público, que as licitações teriam sido fraudadas em benefício das empresas contratadas. O MPMG ainda afirma que teriam sido feitos pagamentos por serviços não prestados.
Nesta quarta-feira, participaram da ação um procurador, três promotores, 12 servidores do MPMG e 20 policiais militares. Onze volumes de documentos foram apreendidos.
G1 entrou em contato com a prefeitura, mas, até a publicação desta reportagem, o Executivo municipal não havia se manifestado.
Primeira fase
Em outubro do ano passado, o MPMG cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Ouro Preto e na sede de três empresas de construção civil localizadas na cidade. Foram apreendidos 41 volumes de documentos.
Duas ações civis públicas relativas a fatos investigados já foram propostas. Elas buscam a suspensão e a anulação das atas de registro de preço e contratos delas decorrentes. Segundo o MPMG, a Justiça já deferiu medidas liminares que determinaram ao município que se abstivesse de realizar novos pagamentos às empresas envolvidas.
http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2016/04/operacao-faz-buscas-em-propriedades-e-gabinete-do-prefeito-de-ouro-preto.html

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