segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tribuna relembra lugares que marcaram época na cidade de Juiz de Fora - Parte VII

Trem Xangai

Imagens: Arquivo TM
Imagens: Arquivo TM
Durante 74 anos, o Xangai, trem que fazia o percurso entre Juiz de Fora e Matias Barbosa, era não somente uma alternativa de transporte de baixo custo, mas também uma opção de passeio, um típico lazer juiz-forano de fim de semana.  A última viagem do trem, que transportava diariamente centenas trabalhadores e dezenas de estudantes do Colégio Militar, foi realizada no dia 31 de dezembro de 1997, 18 anos atrás. Ainda assim, o trajeto que margeava o curso do Paraibuna ainda vive na memória de várias gerações de juiz-foranos.

“Quando criança eu tinha o costume de pegar o Xangai para passear, principalmente com o meu pai”
Lucas Portilho

“Tenho certeza que os passeios em família no saudoso Xangai ficaram marcados no coração de muitos juiz-foranos. Como era bom viver em Juiz de Fora!”
Rodrigo Oliveira

Colégio Magister

(Fotos: Flávia Farany/ arquivo pessoal)
(Fotos: Flávia Farany/ arquivo pessoal)

Fundado no fim dos anos 1970, o Colégio Magister formou diferentes gerações de estudantes de Juiz de Fora até o encerramento de suas atividades em 2002. Além de ser lembrado com carinho pelas iniciativas pedagógicas progressistas, o colégio também é citado por alunos e por juiz-foranos em geral pelo prédio onde operou, na Rua Braz Bernardino, um raro exemplar da arquitetura modernista na cidade. Com a demolição do imóvel, em 2005, o município perdeu mais uma obra do arquiteto Arthur Arcuri, considerado um dos maiores expoentes da arquitetura modernista da cidade e do país.
“Estudar no Magister foi um privilégio. Penso que em nenhuma outra escola do mundo um aluno foi tratado com tanta humanidade, com tanto respeito e com tanto estímulo ao aprendizado quanto naquele espaço mágico, acolhido entre as paredes de uma antiga casa familiar. Lá, em plena ditadura militar, recebemos nossas primeiras lições de democracia, de feminismo, de igualdade racial e social, aprendemos a valorizar as diferenças e as múltiplas possibilidades de ser. Tínhamos, também, um intenso contato com a natureza: havia uma criação de galinhas que andavam soltas pelo jardim, e que no meio de uma prova apareciam ciscando dentro da sala de aula, para gargalhada geral de alunos e professores. Muitas saudades desse tempo, daquela casa, da árvore centenária cujas raízes, reza a lenda, chegavam ao Rio Paraibuna. Muito obrigada, Tribuna de Minas, pela oportunidade de externar, aqui, lembranças tão felizes!”
Flávia Martins Iasbeck Farany
http://www.tribunademinas.com.br/juiz-de-fora-gps-afetivo-2/

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