sexta-feira, 7 de junho de 2013

Polícia Civil entra em greve na segunda-feira

07 de Junho de 2013 - 20:13


Por Tribuna

A Polícia Civil entra em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (10). Conforme o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindipol/MG), a categoria luta por mudanças no substitutivo à proposta de lei complementar (PLC) 23/2012, documento que revê a lei orgânica que rege a corporação. Nesta sexta-feira (07), representantes do Governo, Sindipol/MG e deputados se reuniram na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para tentar chegar a um acordo para a tramitação e aprovação do projeto, mas não encontraram um denominador comum.
De acordo com a assessoria da ALMG, na reunião, o Executivo sinalizou com a abertura de novo concurso público para o cargo de investigador da Polícia Civil - um dos principais anseios da categoria. Na avaliação do Sindipol/MG, o discurso não é suficiente para interromper a greve. "Lutamos contra o sucateamento da polícia. Há anos, eles prometem mudanças, mas precisamos de ações efetivas", afirma o dirigente da regional da Zona da Mata do Sindipol/MG, Marcelo Armstrong. Ele acrescenta que, mesmo com a paralisação, a corporação irá manter 30% do efetivo trabalhando no esquema de plantão.
Para chamar a atenção da opinião pública, os servidores da polícia, juntamente com os professores da rede estadual de ensino farão um "abraço coletivo" no Mineirão nas datas das jogos da Copa das Confederações na capital mineira. "Queremos mostrar para o mundo o descaso com que esse Governo trata as nossas categorias", destaca Armstrong. A expectativa do dirigente é que cerca de 200 servidores da Zona da Mata se encaminhem para Belo Horizonte para participar dos protestos.
Além de mudanças no PLC 23/2012, com eliminação do inciso que considera transgressão a divulgação à imprensa de informações ou documentos oficiais sem a devida autorização de autoridade competente, os grevistas reivindicam a equiparação do salário da base a um terço do salário de delegado geral grau B; a reestruturação das carreiras administrativas; o aumento do número de servidores - o desejo é que o efetivo dobre, passando dos atuais nove mil para 18 mil funcionários - e melhoras nas condições de trabalho.

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