sábado, 30 de junho de 2012

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS DEFINEM CANDIDATOS EM JUIZ DE FORA


Bruno Siqueira (PMDB), Custódio Mattos (PSDB), Laerte Braga (PCB), Margarida Salomão (PT) e Victória Mello (PSTU) vão disputar a Prefeitura de Juiz de Fora nas eleições de 2012. Os cinco concorrentes tiveram seus nomes referendados pelas convenções partidárias iniciadas no dia 10 de junho e encerradas à meia noite de ontem. Vinte e sete partidos participarão da disputa por uma das 19 cadeiras da Câmara Municipal. Os registros das candidaturas devem ser feitos pelas legendas ou coligações até o dia 5 de julho. Os pedidos impugnações devem ser protocolados até o dia 18 de julho, seja por adversários, partidos, coligações ou pelo Ministério Público. A campanha está permitida a partir do dia 6 de julho, e o primeiro turno das eleições acontece no dia 7 de outubro.

Dos partidos com postulantes ao Executivo, apenas PSDB e PT deixaram suas coligações para o último dia. Como estavam certos a candidatura à reeleição do prefeito Custódio Mattos (PSDB) e o retorno da professora Margarida Salomão (PT) ao páreo, as duas legendas adiaram suas definições até a data limite, para arrematarem melhor as alianças. No caso dos tucanos, a estratégia deu certo. Com quatro aliados com conversações também com o deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB), o PSDB fez valer a força do Governo de Minas. Bastou a entrada de articuladores do Palácio Tiradentes nas conversas com o PR, do ex-deputado Edmar Moreira, e o PPS, do secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, para colocar fim em qualquer tipo de aproximação com o peemedebista.

Já as articulações do tucanato local obtiveram êxito na árdua tarefa de apaziguar os ânimos mais exaltados do PSC, do atual líder governista Noraldino Júnior, e do PTB. Com isso, Custódio conseguiu, mais uma vez, aglutinar em torno de sua candidatura o maior número de partidos, 12 ao todo. Ainda assim, os tucanos contabilizaram perdas indesejadas. A primeira delas envolve o PV, que optou por caminhar de forma independente. O partido, que tem à sua frente o ex-subsecretário de Articulação, Edson Fonseca, foi talvez aquele que mais negociou durante o período de convenções, ainda assim não conseguiu emplacar uma composição convincente. Outra legenda aguardada no ninho tucano era o PRB, do presidente da Câmara Municipal, Carlos Bonifácio. A legenda, no entanto, vai tomar outros rumos.

Na reta final, a surpresa ficou por conta da PSD, o partido criado em 2010 pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite da última quinta-feira, reconheceu o direito da legenda ao tempo de TV proporcional ao número atual de deputados. Como tem a quarta maior bancada da Câmara Federal, com 52 deputados, a sigla virou alvo de cobiça de PSDB, PMDB e PT. As conversas foram conduzidas pelo deputado estadual Wilson Batista (PSD), que acabou acertando a composição com os peemedebistas. 

Com isso, Bruno terá como aliado, além do PMN, do vereador Isauro Calais, e do PTN, o PSD. A possibilidade de o PRB se unir à composição não havia sido descartada no início da noite de ontem. O PRB também era aguardado ontem pelos petistas, que fecharam sua aliança com o PSB, o PCdoB, o PRTB e o PTdoB. Nesse caso, a principal aposta reside no fato de o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), ter recomendado aliança do seu partido com o PT, com acontece em nível federal.

Fechando a lista de concorrentes ao Executivo, o PCB, com Laerte Braga, vai de chapa pura. Já Victória Mello sai amparada pela coligação entre PSTU e PSOL.

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